EXILADOS DO FEIJÃO CRU - ANTÕNIO OTÁVIO

EXILADOS DO FEIJÃO CRU

ANTONIO OTÁVIO

 Antonio Otávio: 64 anos, Leopoldinense, residente em BH desde de 1976, aposentado como analista de sistema, mas, ainda na ativa pela mesma empresa,no mesmo cargo, lugar, mesa e cadeira. No final de semana integra a banda Vinagrete da TV Alterosa. Herdeiro da genética musical de duas famílias, por um lado seu pai, Jovercino Félix de Oliveira(mestre Bembém), um dos melhores instrumentistas de cordas de todos os tempos, e, que tive o privilégio de conhecer e ouvi-lo tocar, por outro lado sua mãe D.Nina Montes de outra linhagem de grandes músicos(Albino Montes entre outros).Luiz Fernando que aparece na  foto ,é sobrinho de D. Nina.

* Bembém, foi membro da Leopoldina Jazz Orquestra, onde tocava viola.

                                                THE SPIDERS

O grupo se misturou pela primeira vez para fazer uma apresentação nas comemorações do aniversário do ginásio. A mistura deu certo e foi
contratado pelo Bar do saudoso Clube Leopoldina.Os instrumentos eram alugados de uma outra banda chamada The Gold Five.

The Spiders. Década de 70.  Da esquerda para a direita,
 Astrogildo(guitarra solo), Eli (ao fundo – bateria),
 Antonio Octávio (guitarra base),
Luiz Fernando (baixo).

Era uma época muito romântica e as bandas, chamadas “Conjuntos Dançantes”,
eram muito procuradas por toda a região. Não existiam tablets, pcs nem
celulares. A internet não existia e a diversão se limitava aos bailes nos
fins de semana, as sessões de cinema (Leopoldina tinha - pasmem – dois
deles), e as paqueras na praça Félix Martins. Ali, as meninas desfilavam
pelo centro, enquanto os rapazes ladeavam a passarela admirando-as.

Era um tempo de muita inocência e discrição. Os bailes aconteciam no Clube
Leopoldina e no bar do próprio clube, no Clube Cotubas, na Associação
Comercial, no Sindicato dos Tecelões, e em vários outros locais da cidade.

Um tempo que deixou saudades. Efêmero, como tudo neste mundo, passou e
marcou minha vida.

Tenho muitas saudades de amigos daquela época. Alguns já se foram, outros
estão por aí perdidos pelo mundo. Estão distantes de mim mas muito
presentes na minha lembrança. Não os esquecerei jamais.

Por: Antonio Otávio Montes de Oliveira