A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, O BRASIL E NOSSOS PRACINHAS
Por Lydio Costa Reis Filho
Maio de 1945, chega ao fim a Segunda Guerra Mundial, evento marcado
por tragédias inimagináveis no seio da Humanidade e profundamente
caracterizado pelo abuso e desrespeito aos mais elementares
direitos do Homem.
Tornou-se o conflito global mais destrutivo da história, com
estimativa de mais de 60 milhões de mortes entre civis e militares
diretamente envolvidos nos combates. Os danos materiais foram
incalculáveis tal a sua magnitude.
Embora se desenrolasse em solo europeu, o conflito teve fortes
reflexos em todo o mundo.
Iniciado em setembro de 1939 com a invasão nazista à Polônia, o
Brasil se manteve em posição de neutralidade até 1942, quando
oficialmente declarou guerra à Alemanha e passou a integrar as
forças aliadas lideradas pelos Estados Unidos e Inglaterra.
A contribuição do Brasil inicialmente se limitou a cobrir rotas de
navios mercantes que transportavam materiais estratégicos pelo
Atlântico Sul, como a borracha, e ao fornecimento de bases aéreas e
marítimas no Nordeste, o que tornaria viável uma invasão aliada à
região norte da África.
Entretanto, essa participação considerada apenas material e
estratégica ampliou-se e, em meados de 44, um grupo de 25.000
brasileiros integrando a FEB (Força Expedicionária Brasileira)
parte para a Itália.
Os expedicionários lutaram ao lado das forças americanas em
diversas batalhas, como a tomada de Monte Castelo.
Nossos soldados, conhecidos como Pracinhas, deixaram a marca da
bravura e coragem nos montes da Itália, lá reconhecidos ainda hoje
como heróis, eis que tiveram decisiva participação na libertação do
país que se encontrava, à época, sob o jugo nazista.
Honra-se também Leopoldina por possuir os seus Pracinhas, não sei
precisar a quantidade desses bravos e notáveis homens. Em
comemoração aos 70 anos do encerramento da Segunda Guerra, a eles
foram prestadas justas e merecidas homenagens.
Para o Brasil e para esses nossos guerreiros a guerra acabou por
deixar um triste legado, representado pela morte de mais de
quatrocentos Pracinhas em solo italiano.
Que permaneça de forma permanente na memória do povo brasileiro a
tomada de Monte Castelo.
Termino aqui este texto reproduzindo as sábias palavras de um ex-
combatente, hoje com 93 anos: “A guerra é uma tragédia para quem
ganha e para quem perde".
CONVOCAÇÃO DE RESERVISTAS DE 1942
Após tomada do Monte Castelo. Foto gentilmente cedida pela família de Wenceslau Werneck ao Almanaque Arrebol. |
Parabéns pela lembrança. Quanto mais próximos nos sentirmos dos acontecimentos históricos, mais os valorizaremos.
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